Hoje, aos trinta e poucos anos me encontro num limbo existencial. Olho para o passado e me pergunto como a aventuras e desventuras da juventude me trouxeram até aqui. Não sei para onde ir, nem o que fazer. Me sinto atada, imobilizada.
Este blog é uma tentativa de desvendar os mistérios da vida que, por caminhos tortuosos, se revela dia-a-dia sem que pudesse perceber.
Ser mulher, mãe, esposa, profissional, amante, dona-de-casa e outras coisas mais, não é fácil e por vezes confunde até mesmo uma cabecinha pensante como a minha.
Não sou feminista ou machista. Tenho minhas convicções e por conta delas resolvi escrever. Talvez sirva, em última instância, para um resgate de mim mesma, das profundezas onde me encontro.
Perdi a alegria, não sei mais o que gosto ou não de fazer, o que me dá prazer, o que me diverte, quais são meus sonhos? O que é a felicidade, o amor? Qual a diferença entre viver e sobreviver? São perguntas que ecoam em minha mente desde o momento que acordo até a hora de dormir.
Terapia? Talvez fosse o caso. Mas, depois de passar por dois terapeutas e um psiquiatra não creio que possam me ajudar. Preciso fazer isto sozinha, como sempre foi – eu comigo, e mais ninguém.