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domingo, 9 de maio de 2010

Tristeza

Ah que dor dilacerante
me corta o peito e faz chorar
lágrimas quentes banham meu rosto

Traição, engano, falsidade
Quanto tempo desperdiçado
jogado fora

Me sinto velha e cansada
sozinha e abandonada
incrédula da bondade das pessoas

Será possível confiar novamente?
Será possível amar novamente?
Será possível viver feliz algum dia???

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Conto número 2

Tinha um namorado, um garoto. Apaixonada aos 13 anos.
Apaixonada, porém volúvel.
Todos os dias era uma novidade.
Trocava de amor como quem troca de roupa.
Mas, agora era diferente. Estava amando, dizia.
A cumplicidade e sintonia entre os dois era única.
Um dia, convidou o garoto para conhecer sua casa e seu pai.
Estando lá, ouviram o carro chegar e abrir o portão da garagem.
Pânico. Saíram correndo em disparada. Lá se foi o garoto, assustado.
O amor crescendo e o desejo nascendo.
Ele muito displicente trocou-a por outra, mais experiente.
Três meses de namoro. Tudo bem, pensou a menina. Ficaram amigos.
Chorou, chorou, chorou.
Chorou até encontrar outro, e outro, e outro.
Mas nunca mais teve tanta cumplicidade e sintonia.
Até que um dia...

Tinha outro namorado, um chato. Apaixonada aos 17 anos.
Apaixonada? Por um chato? Como assim???
Ela se perguntava, mas não entendia.
Mas quando ela ia falar algo, ele completava exatamente o que ela diria.
Mas não era a mesma coisa...
Ficava lá, tentando compreender... e nessa passaram-se 5 anos.
O amigo, primeiro namorado, casou e esqueceu dela.
O chato? Também esqueceu dela... Ficou sem.

Tinha outro namorado, um velho. Apaixonada aos 22 anos.
Ele é tudo de bom, pensava a garota ensimesmada.
Mandava flores, levava café na cama, carregava no colo e a enchia de presentes.
Ela gostava.
Gostava tanto que começou a retribuir fazendo o mesmo.
Ele parou, ela continuou...
E se perguntava se ele ainda a amava.
No dia que encontrou a resposta, fez as malas e foi embora.

Quando estava sozinha, procurou aquele garoto.
Ele fez que não a conhecia.

Tinha outro namorado, um jovem. Apaixonada aos 28 anos.
Depois de três meses cansou. Ele era muito grudento.
Queria conhecer pessoas, ser livre.
Dançar, curtir a vida. Mas nada a satisfazia.
Namorar é o que ela queria.

O chato, reapareceu... mas não era isso que ela queria.
Nada de repetir figurinha!

Tinha outro namorado, o mesmo jovem. Apaixonada aos 29 anos.
Era a primeira vez que isto acontecia. Repetir de namorado.
Seria alguma profecia?
Agora é de verdade, ela se convencia.
Mas, a cada dia que passava, se entristecia.
O filho nos braços chorava e ela parada, estagnada, desfalecia.
Pensava que tudo melhor ficaria.
Um dia, quando ele virar um homem, nossa vida vai começar.
Mas este dia nunca chegava e ela começou a cansar.
Tentou e tentou. Ela o amava muito.
Acreditava naquela vida. Até deixar de acreditar.
Pegou o filho nos braços, mudou-se para outra cidade.
Foi recomeçar.

O garoto, aquele, reapareceu.
Separou-se e casou de novo.
Mas o amor que sentiram um pelo outro aflorou, renascia.

Tinha outro namorado, um homem. Amando aos 35 anos.
Desta vez ela não pensa nada, não espera nada.
Deixa as coisas acontecerem sem pressa.
Relaxa e aproveita.
Se der certo muito bom.
Se não der tudo bem.
Já aprendeu que o mundo não acaba quando uma paixão se vai.
Já descobriu que a vida não depende dos relacionamentos com o outro.
Depende do relacionamento consigo mesma.
Ela está feliz e plena.

O filho? Está cada dia mais lindo e inteligente.

O primeiro namorado? Depois de 20 anos são amigos.
O amor que sentiam ainda existe na memória e no coração dos dois.
A curiosidade em torno do que poderia ter sido deu espaço a um confortável relacionamento cheio de cumplicidade e amor. Verdadeiro amor.

Conto número 1

Lá estava eu, mais um cliente para atender. Normal.
Quando cheguei ao escritório, um homem grisalho, simpático e muito atraente me recebeu com um sorriso.
Houve uma atração instantânea.
Falamos restritamente do trabalho. Um projeto relativamente simples e rápido.
Lamentei. Não o veria tão frenquentemente quanto desejava naquele momento.
Entre telefonemas e encontros de trabalho, ficamos mais próximos.
Minha admiração aumentava dia-a-dia.
Falou-me da família, eu correspondi falando da minha.
Nada demais, apenas averiguando quão firme estavam nossos propósitos com os respectivos cônjuges. A princípio firmes, ao longo do tempo foram se tornando tênues.
Quanto mais nos víamos e nos falávamos, mais próximos ficávamos.
Trocamos e-mails e mensagens no celular. Teclamos no msn algumas vezes. Na madrugada, enquanto eles dormiam.
E eu nutria fantasias deliciosamente perigosas.
Um dia sonhei ter ido ao seu escritório vestindo apenas um overcoat sobre uma lingerie vermelha extremamente sexy (clichê dos clichês). Agarrei-o e transamos loucamente sobre sua mesa em meio a processos e telefones tocando. Delírio, pensei.
Até que um dia saímos para tomar um despretencioso chopp.
Fomos a um motel, discreto e elegante.
Depois de conversar um pouco, nos despimos lentamente. Nada comparado com minhas fantasias.
Fizemos amor na cama, na banheira, na escada... gostoso...
Adormeci e ele se foi.
Voltou no dia seguinte para um café da manhã completo, e fizemos amor novamente...
Depois disto, saímos para jantar algumas vezes e trocamos confidências.
O que poderia ser o início de um caso extraconjugal, tornou-se uma bela amizade.
Continuamos trocando e-mails até hoje, mas daquele dia em diante decidimos não mais ultrapassar o limite da fantasia.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Dor x Amor




Dor pode até rimar com amor, mas não combina!

É preciso primeiro aprender a se amar, se aceitar, estar bem consigo.

A ser sua melhor companhia.

Depois, você pensa em encontrar alguém para amar.

Mas, amor só não basta.

Sozinho o amor morre.

É preciso estar acompanhado de amizade, respeito, consideração, companheirismo e solidariedade, altruísmo, compaixão, alegria.

Amor só não basta.

Dizer eu te amo é fácil.

Demonstrar eu te amo diariamente, nos pequenos gestos, durante a vida toda, é que são elas.

Amor só não basta.

Há que se ter cumplicidade, e uma certa privacidade no relacionamento.

Cada um ter seu espaço físico e mental.

Amor só não basta.

Confiança, lealdade, coragem também são necessárias.

Sem perder a meiguice, a doçura e a mansidão.

Amar só não basta.

É preciso saber falar e principalmente saber calar.

Saber que o silêncio do outro diz mais que qualquer palavra.

E além de tudo isso, ainda tem o cheiro, o gosto, o jeito... a voz, o toque, a temperatura...

Um relacionamento é construído no dia-a-dia, sem pressa, com delicadeza e tranquilidade.

É nos pequenos gestos, nos mínimos detalhes que vive o amor verdadeiro.

Aquele que perdura e se reinventa todos os dias, pois amadurece junto com o relacionamento.





Ciúme


Quem disser que nunca sentiu ciúme está mentindo.
Mas, avaliando de perto este sentimento, cheguei à seguinte conclusão:
sentir ciúme é perda de tempo e esforço em vão!
Alguém vai deixar de lhe trair porque você está com ciúmes? NÃO
Inclusive, dependendo da personalidade, a pessoa pode até se sentir tão ofendida, que decide dar motivo para seu ciúme e trair só de birra!
E tem outra coisa, nada mais chato que alguém pegando no seu pé o tempo todo com aquelas perguntinhas infames disfarçadas de inocentes:
- Quem era no telefone meu bem? Ahhh, achei que era prá mim... (cara de pau!)
- Onde você ficou até agora? Eu estava começando a me preocupar... (bufando...)
- Vai sair? Me dá uma carona? (ainda de pijamas)
E por aí vai...
CONSELHO: Ciúme é coisa de quem não tem amor próprio, autoconfiança. Ponto.